Ontem eu fiquei de plantão pra ver os desfiles do ultimo dia desta temporada da SPFW, pra saber qual seria o grande final do evento. E a surpresa a pareceu mesmo, foi o ultimo desfile do ultimo dia. rs. A Cavalera que é acostumada a fazer os seus desfiles nas áreas externas da Bienal , esse ano iria se apresentar dentro dela. Mas é claro, não sei tão simples assim. Mesmo sendo dentro da Bienal eles surpreenderam o publico ao utilizar a parte da entrada da Bienal, que este ano os organizadores montaram dois espelhos d’água com uma passarela de 120 metros no centro para que quem fosse ao local se sentisse como se estivesse numa passarela desfilando também, ou seja, tudo pra entrar no clima ^^.

Nessa primeira parte do desfile o preto e o marinho imperaram absoluto em calças, jaquetas, bermudas, parkas, calças e shorts curtíssimos. Em sarja, no denim cru, sem lavagens, na malharia. Complementado pela lã natural em ponchos, casacos e mantôs que lembravam os produzidos em culturas remotas da América do Sul. Apenas o amarelo lima pontuou as peças e os calçados.

Depois, já podendo ver claramente uma segunda parte foi a vez de entender o tema do desfile, República Federativa da Cavalera. Um brasão, semelhante ao da República brasileira, se transformou em estampa que fragmentada, parecia uma imagem abstrata, reconhecida apenas pelas cores verde, amarelo, azul e branco. Com ela, jaquetas em couro, calças cigarettes, vestidos com babados nas barras. Tudo molhado, claro.

A beleza da Cavalera veio simples, com jeito de adolescente que vai para a balada. “Como é uma marca jovem, não podemos forçar no make, fazer aquela produção de mulher madura”, explica Helder Rodrigues, assistente do maquiador Robert Estevão. A pele das meninas foi tratada com corretivo e hidratante. Algumas vieram com sombra dourada e batom rosa, outras, com sombra azul e batom laranja. Para completar, blush e máscara preta somente na raiz dos cílios superiores.